HOSPITAL DE BASE 50 ANOS DE QUE?
Para um bom entendedor, meia palavra basta. O serviço público de saúde, no Brasil, não é novidade para ninguém. Faltam médicos para atender a grande demanda que sempre chegam aos excessos, medicamentos, salários dignos, instalações conservadas e com qualidade para os internados etc.
O Hospital de Base de Brasília comemorou na ultima sexta feira, 17/09/2010, os cinquenta anos de existência. Ao mesmo tempo em que se comemoram as bodas, o seu contraste, nada elegante, assusta a muitos, pois o hospital recebe os casos mais graves de Brasília e do Entorno. Quem trabalha ali, na área de saúde, tem a consciência de que está ali para lutar de todas as formas contra o tempo e a morte. No total, são 3,5 mil servidores. A cada ano, são realizados mais de 600 mil atendimentos apenas no pronto-socorro e no ambulatório.
“O povo sente a falta de condições mínimas para ser recebido com a dignidade merecida. Mas, hoje, é dia de comemoração para o Hospital de Base e para Brasília. O maior e mais antigo centro de saúde da cidade completa cinco décadas. Nasceu meses depois da inauguração da capital. É dia de mostrar histórias de pessoas que fazem a diferença e aos poucos renovam nos pacientes a fé no ser humano. Com muita boa vontade, esperança e profissionalismo surge a cura, o alívio.” Dados recolhido do Correio Braziliense em 12/09/2010.
Uma dessas pessoas é o médico Franklin Batista Tormin, 69 anos, especialista em reumatologia. Ele ajudou a construir o hospital. Quando tinha 16 anos, Franklin morava em Luziânia (GO) e vinha para a Brasília em construção para descarregar caminhões de areia. Participou da construção de várias obras, entre elas a unidade de saúde onde anos depois trabalharia. O rapaz nem imaginava seu destino. “Eu descarregava a areia do caminhão com uma enxada. Era um serviço pesado. Lembro-me perfeitamente de jogar areia perto de uma placa em que estava escrito: Hospital Distrital de Brasília (antigo nome do Base)”, lembra.Franklin trabalhava de graça. “Eu vinha com uns amigos da minha família ou com meu irmão que dirigia o caminhão. Vinha mais pela euforia, nem recebia para trabalhar. Mas era raro ver um carro ou caminhão passar nas ruas em Luziânia. Participar da construção de Brasília foi uma diversão para mim. Hoje, me sinto muito honrado”, conta. “Ninguém na minha família era doutor. Acho muito bonito poder ajudar a salvar alguém, ser um instrumento de Deus na manutenção da vida.”
Assim como o doutor Franklin, muitos desbravaram essas terras com coragem e apostaram na concretização de um sonho. O tempo passou e a qualidade da saúde pública foi deturpada e hoje está como a conhecemos perfeitamente. O médico lembra-se dos melhores tempos da instituição na qual trabalha, quando o Base era referência em atendimento. “É triste ver o que fizeram com a saúde no nosso país, mas a vontade de ajudar é ainda maior. A saúde ainda pode ser resgatada. A Lei da Ficha Limpa é um bom começo para que as coisas mudem”, diz otimista.
Hoje também é tempo de lembrar o longo caminho que a saúde precisa percorrer para merecer os parabéns dos moradores de Brasília. “Praticamente todas as áreas aqui têm demandas reprimidas. Mas a carência de servidores na área administrativa é gritante. Claro que precisamos de mais médicos. Mas com mais gente para digitar os laudos, marcar consultas e fazer o levantamento de dados o sistema iria melhorar muito e a população sentiria os efeitos”, explicou o diretor.O Hospital de Base passou por poucas reformas desde sua inauguração e nenhuma delas aumentou o espaço físico da unidade. “Em 50 anos, a população da cidade mais que dobrou. O hospital continua o mesmo. Assim, falta material e há superlotação”, justifica Schimin. A secretária de Saúde, Fabíola Aguiar, afirma que o hospital tem muito o que comemorar. “Brasília teve seu cinquentenário ofuscado por escândalos, mas o mesmo não deve acontecer com o Base”, diz. “Queremos incentivar programas de saúde da família, com agentes visitando as pessoas em casa para melhorar a situação dos hospitais. Criamos uma secretaria somente para compras para evitar aquisições emergenciais e fazer tudo com licitação”, explica.O Hospital de Base organizou uma agenda de comemorações para o aniversário de 50 anos (veja quadro). A festa foi paga doações feitas por entidades como a Sociedade Brasileira de Medicina e por empresários locais.
Texto comentado por Cello Windson e extraído da revista eletrônica: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/12/cidades,i=212575/HOSPITAL+DE+BASE+COMPLETA+50+ANOS+DE+EXISTENCIA.shtml
Para um bom entendedor, meia palavra basta. O serviço público de saúde, no Brasil, não é novidade para ninguém. Faltam médicos para atender a grande demanda que sempre chegam aos excessos, medicamentos, salários dignos, instalações conservadas e com qualidade para os internados etc.
O Hospital de Base de Brasília comemorou na ultima sexta feira, 17/09/2010, os cinquenta anos de existência. Ao mesmo tempo em que se comemoram as bodas, o seu contraste, nada elegante, assusta a muitos, pois o hospital recebe os casos mais graves de Brasília e do Entorno. Quem trabalha ali, na área de saúde, tem a consciência de que está ali para lutar de todas as formas contra o tempo e a morte. No total, são 3,5 mil servidores. A cada ano, são realizados mais de 600 mil atendimentos apenas no pronto-socorro e no ambulatório.
“O povo sente a falta de condições mínimas para ser recebido com a dignidade merecida. Mas, hoje, é dia de comemoração para o Hospital de Base e para Brasília. O maior e mais antigo centro de saúde da cidade completa cinco décadas. Nasceu meses depois da inauguração da capital. É dia de mostrar histórias de pessoas que fazem a diferença e aos poucos renovam nos pacientes a fé no ser humano. Com muita boa vontade, esperança e profissionalismo surge a cura, o alívio.” Dados recolhido do Correio Braziliense em 12/09/2010.
Uma dessas pessoas é o médico Franklin Batista Tormin, 69 anos, especialista em reumatologia. Ele ajudou a construir o hospital. Quando tinha 16 anos, Franklin morava em Luziânia (GO) e vinha para a Brasília em construção para descarregar caminhões de areia. Participou da construção de várias obras, entre elas a unidade de saúde onde anos depois trabalharia. O rapaz nem imaginava seu destino. “Eu descarregava a areia do caminhão com uma enxada. Era um serviço pesado. Lembro-me perfeitamente de jogar areia perto de uma placa em que estava escrito: Hospital Distrital de Brasília (antigo nome do Base)”, lembra.Franklin trabalhava de graça. “Eu vinha com uns amigos da minha família ou com meu irmão que dirigia o caminhão. Vinha mais pela euforia, nem recebia para trabalhar. Mas era raro ver um carro ou caminhão passar nas ruas em Luziânia. Participar da construção de Brasília foi uma diversão para mim. Hoje, me sinto muito honrado”, conta. “Ninguém na minha família era doutor. Acho muito bonito poder ajudar a salvar alguém, ser um instrumento de Deus na manutenção da vida.”
Assim como o doutor Franklin, muitos desbravaram essas terras com coragem e apostaram na concretização de um sonho. O tempo passou e a qualidade da saúde pública foi deturpada e hoje está como a conhecemos perfeitamente. O médico lembra-se dos melhores tempos da instituição na qual trabalha, quando o Base era referência em atendimento. “É triste ver o que fizeram com a saúde no nosso país, mas a vontade de ajudar é ainda maior. A saúde ainda pode ser resgatada. A Lei da Ficha Limpa é um bom começo para que as coisas mudem”, diz otimista.
Hoje também é tempo de lembrar o longo caminho que a saúde precisa percorrer para merecer os parabéns dos moradores de Brasília. “Praticamente todas as áreas aqui têm demandas reprimidas. Mas a carência de servidores na área administrativa é gritante. Claro que precisamos de mais médicos. Mas com mais gente para digitar os laudos, marcar consultas e fazer o levantamento de dados o sistema iria melhorar muito e a população sentiria os efeitos”, explicou o diretor.O Hospital de Base passou por poucas reformas desde sua inauguração e nenhuma delas aumentou o espaço físico da unidade. “Em 50 anos, a população da cidade mais que dobrou. O hospital continua o mesmo. Assim, falta material e há superlotação”, justifica Schimin. A secretária de Saúde, Fabíola Aguiar, afirma que o hospital tem muito o que comemorar. “Brasília teve seu cinquentenário ofuscado por escândalos, mas o mesmo não deve acontecer com o Base”, diz. “Queremos incentivar programas de saúde da família, com agentes visitando as pessoas em casa para melhorar a situação dos hospitais. Criamos uma secretaria somente para compras para evitar aquisições emergenciais e fazer tudo com licitação”, explica.O Hospital de Base organizou uma agenda de comemorações para o aniversário de 50 anos (veja quadro). A festa foi paga doações feitas por entidades como a Sociedade Brasileira de Medicina e por empresários locais.
Texto comentado por Cello Windson e extraído da revista eletrônica: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/12/cidades,i=212575/HOSPITAL+DE+BASE+COMPLETA+50+ANOS+DE+EXISTENCIA.shtml